Tudo ou nada

O que aprendi sobre projetos chatos ou legais assistindo o documentário do Manchester City

Nas últimas semanas assisti o documentário chamado Tudo ou Nada: Manchester City, que mostra a rotina da equipe em oito episódios na plataforma Amazon Prime. O objetivo da série é mostrar tudo que está por trás da vitoriosa campanha do time inglês na temporada 2017/18.

Quem me conhece sabe o tanto que gosto de futebol e de acompanhar a estória de pessoas vitoriosas como o Pep Guardiola, por exemplo.

O documentário não deixa de mostrar a vida milionária dos jogadores que ganham muito dinheiro para jogarem futebol, mas também passa pelo quanto todos os envolvidos devem ser muito profissionais para conquistarem vitórias e serem bem sucedidos.

É interessante perceber a importância das pessoas que estão ao redor do Guardiola e o quanto cada um contribui e trabalha duro para fornecer as informações necessárias para todos realizarem o seu trabalho da melhor maneira possível.

Quem acompanha futebol, sabe da capacidade e dedicação do técnico Espanhol. Ele é muito estudioso e passa muito tempo do seu dia e da noite analisando o desempenho dos jogadores e como os adversários se comportam dentro de campo. Ele costuma conhecer individualmente todos os atletas que ele vai enfrentar pelo nome, e principalmente pela característica individual.

A capacidade de liderança do técnico é outra questão me chama bastante a atenção. Guardiola costuma realizar algumas palestras com os jogadores antes e depois das partidas. Sua intensidade e inteligência deixam todos muito ligados naquilo que ele tem para falar.

Pep fala que para ser um vencedor e ganhar tudo que vem pela frente é fundamental muita concentração durante uma partida, e ele nunca muda o discurso mesmo que o time enfrente uma equipe de menor expressão.

Para ser campeão você não pode perder pontos para um time pequeno e deve usar essas oportunidades se preparando para os confrontos mais difíceis com os grandes.

Guardiola elogia quando todos cumprem o que foi combinado e não deixa de chamar a atenção dos jogadores dando exemplos muito claros do que foi feito errado e como todos podem melhorar na próxima partida.

Gosto da postura do técnico e da equipe porque consigo fazer um paralelo com os projetos que fazemos de design. Não existe projeto ruim ou chato para quem quer fazer um trabalho relevante e de qualidade. Afinal é assim que se constrói um grande portfolio.

Para ganhar tudo você precisa encarar todos os adversários (projetos) com a mesma seriedade.

Por isso acredito que a oportunidade de mostrar que podemos fazer a diferença está sempre nas nossas mãos. O que vai mudar é como encaramos o problema, e o quanto investimos energia naquilo que estamos fazendo.

Da próxima fez que alguém disser que existe um projeto chato, diga para a pessoa que tudo pode mudar se ela encarar de outra forma. Tenho certeza que nenhum jogador vai chegar para o técnico e falar que não quer jogar justificando que o jogo é chato. Para ser um vencedor é preciso executar todo trabalho com a mesma seriedade independentemente das dificuldades.